Advogado Pro Bono – O que é? Como ser um e suas Vantagens

Advogado Pro Bono: Definição, Vantagens e Exemplos

Advogado pro bono é uma prática que envolve advogados oferecendo serviços jurídicos gratuitos para indivíduos ou organizações que não têm recursos para pagar por assistência jurídica.

Essa abordagem visa promover o acesso à justiça e fornecer assistência legal às comunidades mais necessitadas.

Neste artigo, exploraremos o que é a advocacia pro bono, suas vantagens e forneceremos exemplos que ilustram a importância dessa prática.

O Que é a Advocacia Pro Bono?

A expressão “pro bono” vem do latim “pro bono publico,” que significa “para o bem público.”

A advocacia pro bono envolve advogados voluntariamente dedicando seu tempo e expertise para representar clientes carentes ou causas de interesse público sem receber remuneração financeira em troca.

Isso é especialmente relevante em sistemas judiciais onde o acesso à justiça é limitado para aqueles que não podem pagar por serviços legais.

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Base Legal para a Advocacia Pro Bono

A prática da advocacia pro bono é reconhecida e incentivada em muitas jurisdições em todo o mundo.

Leis e regulamentações podem variar, mas muitos países têm diretrizes específicas para a promoção da advocacia pro bono.

Por exemplo, nos Estados Unidos, a American Bar Association (ABA) em seu Model Rule 6.1 incentiva advogados a dedicarem pelo menos 50 horas por ano a serviços legais gratuitos para aqueles que não podem pagar.

No Brasil, a Lei nº 8.906/94, conhecida como o Estatuto da Advocacia e da OAB, estabelece em seu artigo 30 a possibilidade de advogados prestarem assistência jurídica gratuita a pessoas carentes.

Além disso, a Lei de Assistência Judiciária Gratuita (Lei nº 1.060/50) também regula a assistência jurídica gratuita àqueles que não têm recursos para arcar com os custos legais.

Vantagens de Ser Advogado Pro Bono

Ser um advogado pro bono oferece várias vantagens tanto para os profissionais quanto para a sociedade como um todo:

1. Cumprimento do Dever Ético

A advocacia pro bono permite que os advogados cumpram seu dever ético de promover a justiça e garantir que o sistema legal seja acessível a todos, independentemente de sua situação financeira.

2. Desenvolvimento Profissional

Ao lidar com uma variedade de casos pro bono, os advogados têm a oportunidade de expandir seu conhecimento e habilidades em diferentes áreas do direito, o que pode enriquecer sua prática profissional.

3. Construção de Relacionamentos

Participar de serviços legais pro bono pode ajudar os advogados a construir relacionamentos sólidos com a comunidade, outros advogados e organizações sem fins lucrativos que podem levar a futuras oportunidades de carreira e networking.

4. Satisfação Pessoal

Muitos advogados encontram satisfação pessoal em saber que estão fazendo a diferença nas vidas das pessoas e ajudando a resolver questões jurídicas cruciais para indivíduos e comunidades necessitadas.

Exemplos de Advocacia Pro Bono

Existem inúmeros exemplos de advocacia pro bono em todo o mundo. Alguns exemplos notáveis incluem:

1. Representação de Refugiados

Muitos advogados oferecem seus serviços pro bono para representar refugiados e requerentes de asilo, auxiliando-os no processo de busca de asilo e na obtenção de proteção legal em países estrangeiros.

2. Assistência a Vítimas de Violência Doméstica

Advogados pro bono frequentemente auxiliam vítimas de violência doméstica na obtenção de ordens de proteção, divórcios e na busca por justiça contra seus agressores.

3. Defesa de Causas Sociais

Advogados pro bono também se envolvem em causas sociais, como a luta pelos direitos civis, direitos LGBTQ+ e meio ambiente, oferecendo seus serviços legais para organizações que promovem essas causas.

Em conclusão, a advocacia pro bono desempenha um papel vital na promoção do acesso à justiça e no fornecimento de assistência jurídica a indivíduos e comunidades necessitadas.

Os advogados que participam dessa prática não apenas cumprem seu dever ético, mas também desfrutam de benefícios pessoais e profissionais significativos.

Portanto, a advocacia pro bono continua sendo uma parte essencial do sistema legal que merece reconhecimento e apoio contínuos.

Advocacia pro bono deve constar na procuração?

A inclusão do status “pro bono” na procuração é uma prática comum para garantir que tanto o advogado quanto o cliente estejam cientes de que os serviços jurídicos estão sendo prestados de forma gratuita, sem a expectativa de remuneração financeira.

Isso ajuda a evitar mal-entendidos e estabelece clareza na relação entre o advogado e o cliente.

A procuração é um documento legal que concede ao advogado o poder de representar o cliente em questões específicas.

Quando um advogado atua pro bono, isso significa que ele está oferecendo seus serviços gratuitamente, e essa informação pode ser incluída na procuração de várias maneiras:

  1. Inclusão de Cláusula Específica: O advogado pode inserir uma cláusula na procuração que afirma claramente que ele está atuando pro bono. Por exemplo: “O advogado [Nome do Advogado], nesta data, concorda em representar o cliente [Nome do Cliente] de forma pro bono, ou seja, sem a expectativa de remuneração financeira.”
  2. Descrição Detalhada dos Termos: Além de uma cláusula específica, a procuração também pode incluir detalhes adicionais sobre os termos do serviço pro bono, como a duração esperada do trabalho, a natureza específica do caso e quaisquer limitações ou condições especiais.
  3. Termo “Pro Bono” no Título da Procuração: O termo “pro bono” pode até mesmo ser incluído no título da procuração, para que seja imediatamente evidente que se trata de um caso de assistência jurídica gratuita.
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A inclusão do status pro bono na procuração não apenas estabelece transparência, mas também protege tanto o advogado quanto o cliente, garantindo que ambas as partes compreendam os termos da representação legal e as expectativas associadas.

Lembre-se de que as leis e regulamentos relacionados à advocacia pro bono podem variar de acordo com a jurisdição e o país, portanto, é aconselhável consultar as leis locais e regulamentos da ordem dos advogados para garantir que todas as formalidades necessárias sejam atendidas ao utilizar a designação “pro bono” em uma procuração.

Advocacia pro bono estatuto da OAB

No Brasil, a advocacia pro bono é regulamentada pelo Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei Federal nº 8.906/94). Os artigos relacionados à advocacia pro bono no Estatuto da OAB incluem:

  1. Artigo 30 do Estatuto da OAB: Este artigo estabelece que o advogado pode prestar assistência jurídica gratuita a pessoas carentes, desde que não haja prejuízo de seu sustento ou de sua família.
  2. Artigo 31 do Estatuto da OAB: Este artigo permite que a OAB estabeleça diretrizes para a prestação de serviços advocatícios pro bono e promova a criação de comissões específicas para essa finalidade.
  3. Artigo 32 do Estatuto da OAB: Este artigo permite que a OAB promova a assistência judiciária gratuita, inclusive por meio da criação de fundos para esse fim.
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É importante observar que, de acordo com a legislação brasileira, a advocacia pro bono deve ser realizada de maneira ética e com o objetivo de promover o acesso à justiça para pessoas carentes ou causas de interesse público.

Os advogados não podem utilizar a advocacia pro bono de maneira promocional ou para autopromoção.

Além disso, a OAB pode estabelecer diretrizes adicionais para a prática da advocacia pro bono por meio de resoluções e regulamentos específicos.

Portanto, é aconselhável consultar o site oficial da OAB ou entrar em contato com a seccional da OAB em sua jurisdição para obter orientações e regulamentações atualizadas sobre a advocacia pro bono no Brasil.

No Brasil, a advocacia pro bono geralmente envolve a prestação de serviços jurídicos gratuitos para clientes carentes ou causas de interesse público, e os advogados que atuam pro bono não recebem honorários convencionais pelos serviços prestados.

No entanto, a questão dos honorários sucumbenciais (ou seja, os honorários advocatícios que a parte vencedora pode ser condenada a pagar à parte contrária) é um ponto de consideração importante.

Segundo o Código de Processo Civil brasileiro (Lei Federal nº 13.105/2015), os honorários sucumbenciais são devidos à parte vencedora da ação judicial e podem ser uma fonte de receita para o advogado.

No entanto, quando um advogado atua pro bono, geralmente há uma disposição ética de que os honorários sucumbenciais serão destinados à entidade ou instituição para a qual o advogado está prestando serviços gratuitos ou a uma causa de interesse público, em vez de serem retidos pelo advogado.

Essa prática é adotada para garantir que os benefícios financeiros resultantes de uma ação judicial não sejam recebidos pelo advogado, mas sim direcionados para a promoção da justiça, a assistência jurídica gratuita ou outras causas nobres.

Muitos advogados pro bono optam por renunciar a esses honorários sucumbenciais em favor da causa que estão representando.

É importante ressaltar que a regulamentação específica e as práticas podem variar em diferentes jurisdições e situações.

Portanto, ao atuar como advogado pro bono, é aconselhável discutir claramente os termos e as disposições relacionadas aos honorários sucumbenciais com o cliente ou a entidade representada, de modo a garantir a transparência e o alinhamento de interesses.

Além disso, as regras e regulamentos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também podem fornecer orientações adicionais sobre a questão dos honorários sucumbenciais na advocacia pro bono.

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